quarta-feira, 4 de junho de 2008

ENSAIO - O que vai acontecer aos Mass Média? -


Universidade Católica Portuguesa
Centro Regional do Porto
Escola das Artes
Mestrado em Artes Digitais



Ensaio
O que vai acontecer aos Mass Média?
O ser humano, o médium do futuro



Disciplina: Seminário Interdisciplinar
Comunicação, Novos Media e Mass Média
Docente: Cristina Sá
Discente: Joana Campos Silva




Porto
2008




“O que vai acontecer aos Mass Média?”.
Ao longo do tempo, as “novas tecnologias” tiveram um lugar especifico no mundo. Um rádio servia para ouvir noticias, uma televisão servia para ver informação a cores e em movimento, os jornais serviam para dar a conhecer diversos acontecimentos em papel. Hoje em dia temos mais um meio chamado computador, que incorpora todos os outros meios. Este último, veio revolucionar o modo de estar de todos os medias.

O telejornal aparenta ser uma página web; os canais especializados, usam efeitos tridimensionais para simular momentos históricos como se fossem reais; os jornais e revistas trazem DVDs; os canais de televisão usam a internet para fazer jornalismo on-line, entre outros exemplos. Como é visível, os meios de comunicação estão confusos, não os conseguimos definir e nem tão pouco se conseguem definir a si mesmos, por isso perguntamos: - “Novos Média ou um único Médium?”
Acredito que cada meio luta pela sua especificidade usando os outros meios.
A competitividade é grande, por isso a imprensa, a televisão e a rádio foram obrigados a actualizarem-se.

Se pensarmos bem, os computadores (computador-máquina-chip) estão em toda a parte. Andam às costas, nas mãos, incorporados em telemóveis, em PDAs e até no próprio corpo.
Vejo o computador, não só como um meio que coloca em causa a existência dos outros meios, como coloca em causa questões éticas e estéticas.
As obras de arte já não são vistas como antigamente.
Elas hoje estão em nossa casa. Engraçado será pensar que com o aparecimento das novas tecnologias, o papel do artista também se modificou. Actualmente, ele evidencia a necessidade de criar obras em série, obras interactivas, obras que podem ser manipuláveis de modo a agradar o público. No início éramos espectadores e agora somos utilizadores, fruidores e em muitos casos, co-autores.

O computador, obrigou-nos a mudar de atitude, criando maior proximidade com as obras de arte e com o resto do mundo.
Basta uma tecla e estamos noutra parte do mundo. Basta uma palavra e encontramos todo tipo de informação. Basta uma frase e sabemos a que livro pertence. O computador aproxima-nos e confunde-nos. Deixamos de perceber o que é real, verídico e até fidedigno.
A simulação é exemplo disso. O computador permite simular experiências (voar, matar, por exemplo), permite-me navegar numa rua em Nova Iorque, permite-me falar com pessoas da Austrália; permite-se ver acontecimentos reais, em tempo real através do vídeo. O computador permite tudo.
A existência desta máquina revolucionou o mundo e o nosso modo de estar também. Muitos julgam que o computador restringe-se à caixinha monitorizada que vem com teclado.
O computador é muito mais do que isso, ele é minúsculo e está em toda a parte. Hoje em dia, os computadores são chips e micro-chips que incorporam informação preciosa.

O uso de jogos de computador, está a mudar o nosso corpo, “dentro de duas ou três gerações as pessoas terão o polegar mais desenvolvido ”.
O Second-life, por sua vez, embrenha os utilizadores na dinâmica do segundo mundo e muitos não conseguem distinguir o que é real e virtual. Inclusive há empresas e serem desenvolvidas neste espaço virtual que não existem no mundo real.
Provando assim, que a “virtualidade” é algo que cria admiração e fascínio de tal modo que existe um mercado especifico para o segundo mundo. Para além da vivência em ambientes virtuais, o computador está a entrar no corpo humano.

José Manuel Bártolo afirma: “hoje em dia os objectos perdem dimensão utilitária, ganham uma dimensão simbólica (de classe, poder, moda).(...) paralelamente, assistimos a uma desmaterialização dos objectos e, frequentemente, à sua incorporação. ”
É assustador pensar que a máquina já está dentro de nós. Daqui a poucos anos, nós próprios seremos o tal “médium”. “Eu vejo, eu registo, eu publíco e o mundo tem os olhos postos em mim – a minha testa terá notas de rodapé e nas palmas das mãos conseguirei ver o noticiário”. A existência de blogs, revolucionou a informação do mundo, pois podemos captar uma informação, interpretá-la, publicá-la e dar a conhecer ao s outros. Cristina Sá evidencia: “já não existe mass, já não há informação em mass, há agora pessoas individualizadas que querem comunicar” e publicar a sua experiência do mundo.
Imagino-me daqui a uns anos com chips incorporados no corpo. Ao mínimo acontecimento o mundo fica a saber a partir do meu corpo o que se está a passar, ou é possível que eu seja informada do mundo através dos corpos dos outros.
Kevin Warwick, foi o primeiro ciborg da história . O especialista em cibernética acredita que a comunicação, daqui a uns anos, poderá ser feita através do pensamento.
Kevin já teve um implante no corpo que lhe permitiu ouvir uma rádio local “cujo sinal estava a ser captado pelo sistema nervoso, que funcionava como antena” . Depois deste testemunho, acredito em tudo e idealizo vários cenários. Existe também, neuro-pacemakers que permitem mudar o humor do ser humano e tratar muitas doenças como Alzheimer e Parkinson.
Os Neuro Pacemakers são implantes que quando são estimulados, em zonas especificas, conseguem fazer com que uma pessoa fique deprimida, a chorar, triste, contente, feliz, alegre e a sorrir. A evolução dos implantes permitem mudar o humor do ser humano, produzir órgãos e chegar ao absurdo de produzir leite de vaca já com medicamentos incorporados.
Existem dentes com receptores wireless que permitem receber através de micro-vibração sinais de telemóvel, MP3, entre outros..

Bártolo evidencia outro caso, chamado de “democratização e utilização indiscriminada” que é o uso de microchips por vaidade, como é o caso de chips incorporados no corpo que facilitam o pagamento em discotecas.
Kevin Warwick, quando teve o implante conseguiu: abrir a porta de casa apenas com a sua presença, o computador ligava automaticamente e as luzes de sua casa acendiam por onde ele passava.
O computador está-se a tornar transparente, possibilitando ser incorporado no homem. Se a outro nível, o computador já modificou o mundo, acredito ser possível ir mais além.
O homem vai passar a ser o suporte.
Nós humanos, vamos ser o médium, pois já estamos tecnologicamente afectados
e modificados.


1 comentário:

Sofia Baptista disse...

Pois é cá estou eu a ser mediada!

visita-me em blogonblogestavaesgotado.blogspot.com

kiss kiss