quarta-feira, 11 de junho de 2008

Vídeo de Divulgação 3ªDIMENSÃO



3ªDIMENSÃO



vídeo de divulgação
Junho de 2008


agradeço a todos os que ajudaram e participaram

quarta-feira, 4 de junho de 2008

ENSAIO - O que vai acontecer aos Mass Média? -


Universidade Católica Portuguesa
Centro Regional do Porto
Escola das Artes
Mestrado em Artes Digitais



Ensaio
O que vai acontecer aos Mass Média?
O ser humano, o médium do futuro



Disciplina: Seminário Interdisciplinar
Comunicação, Novos Media e Mass Média
Docente: Cristina Sá
Discente: Joana Campos Silva




Porto
2008




“O que vai acontecer aos Mass Média?”.
Ao longo do tempo, as “novas tecnologias” tiveram um lugar especifico no mundo. Um rádio servia para ouvir noticias, uma televisão servia para ver informação a cores e em movimento, os jornais serviam para dar a conhecer diversos acontecimentos em papel. Hoje em dia temos mais um meio chamado computador, que incorpora todos os outros meios. Este último, veio revolucionar o modo de estar de todos os medias.

O telejornal aparenta ser uma página web; os canais especializados, usam efeitos tridimensionais para simular momentos históricos como se fossem reais; os jornais e revistas trazem DVDs; os canais de televisão usam a internet para fazer jornalismo on-line, entre outros exemplos. Como é visível, os meios de comunicação estão confusos, não os conseguimos definir e nem tão pouco se conseguem definir a si mesmos, por isso perguntamos: - “Novos Média ou um único Médium?”
Acredito que cada meio luta pela sua especificidade usando os outros meios.
A competitividade é grande, por isso a imprensa, a televisão e a rádio foram obrigados a actualizarem-se.

Se pensarmos bem, os computadores (computador-máquina-chip) estão em toda a parte. Andam às costas, nas mãos, incorporados em telemóveis, em PDAs e até no próprio corpo.
Vejo o computador, não só como um meio que coloca em causa a existência dos outros meios, como coloca em causa questões éticas e estéticas.
As obras de arte já não são vistas como antigamente.
Elas hoje estão em nossa casa. Engraçado será pensar que com o aparecimento das novas tecnologias, o papel do artista também se modificou. Actualmente, ele evidencia a necessidade de criar obras em série, obras interactivas, obras que podem ser manipuláveis de modo a agradar o público. No início éramos espectadores e agora somos utilizadores, fruidores e em muitos casos, co-autores.

O computador, obrigou-nos a mudar de atitude, criando maior proximidade com as obras de arte e com o resto do mundo.
Basta uma tecla e estamos noutra parte do mundo. Basta uma palavra e encontramos todo tipo de informação. Basta uma frase e sabemos a que livro pertence. O computador aproxima-nos e confunde-nos. Deixamos de perceber o que é real, verídico e até fidedigno.
A simulação é exemplo disso. O computador permite simular experiências (voar, matar, por exemplo), permite-me navegar numa rua em Nova Iorque, permite-me falar com pessoas da Austrália; permite-se ver acontecimentos reais, em tempo real através do vídeo. O computador permite tudo.
A existência desta máquina revolucionou o mundo e o nosso modo de estar também. Muitos julgam que o computador restringe-se à caixinha monitorizada que vem com teclado.
O computador é muito mais do que isso, ele é minúsculo e está em toda a parte. Hoje em dia, os computadores são chips e micro-chips que incorporam informação preciosa.

O uso de jogos de computador, está a mudar o nosso corpo, “dentro de duas ou três gerações as pessoas terão o polegar mais desenvolvido ”.
O Second-life, por sua vez, embrenha os utilizadores na dinâmica do segundo mundo e muitos não conseguem distinguir o que é real e virtual. Inclusive há empresas e serem desenvolvidas neste espaço virtual que não existem no mundo real.
Provando assim, que a “virtualidade” é algo que cria admiração e fascínio de tal modo que existe um mercado especifico para o segundo mundo. Para além da vivência em ambientes virtuais, o computador está a entrar no corpo humano.

José Manuel Bártolo afirma: “hoje em dia os objectos perdem dimensão utilitária, ganham uma dimensão simbólica (de classe, poder, moda).(...) paralelamente, assistimos a uma desmaterialização dos objectos e, frequentemente, à sua incorporação. ”
É assustador pensar que a máquina já está dentro de nós. Daqui a poucos anos, nós próprios seremos o tal “médium”. “Eu vejo, eu registo, eu publíco e o mundo tem os olhos postos em mim – a minha testa terá notas de rodapé e nas palmas das mãos conseguirei ver o noticiário”. A existência de blogs, revolucionou a informação do mundo, pois podemos captar uma informação, interpretá-la, publicá-la e dar a conhecer ao s outros. Cristina Sá evidencia: “já não existe mass, já não há informação em mass, há agora pessoas individualizadas que querem comunicar” e publicar a sua experiência do mundo.
Imagino-me daqui a uns anos com chips incorporados no corpo. Ao mínimo acontecimento o mundo fica a saber a partir do meu corpo o que se está a passar, ou é possível que eu seja informada do mundo através dos corpos dos outros.
Kevin Warwick, foi o primeiro ciborg da história . O especialista em cibernética acredita que a comunicação, daqui a uns anos, poderá ser feita através do pensamento.
Kevin já teve um implante no corpo que lhe permitiu ouvir uma rádio local “cujo sinal estava a ser captado pelo sistema nervoso, que funcionava como antena” . Depois deste testemunho, acredito em tudo e idealizo vários cenários. Existe também, neuro-pacemakers que permitem mudar o humor do ser humano e tratar muitas doenças como Alzheimer e Parkinson.
Os Neuro Pacemakers são implantes que quando são estimulados, em zonas especificas, conseguem fazer com que uma pessoa fique deprimida, a chorar, triste, contente, feliz, alegre e a sorrir. A evolução dos implantes permitem mudar o humor do ser humano, produzir órgãos e chegar ao absurdo de produzir leite de vaca já com medicamentos incorporados.
Existem dentes com receptores wireless que permitem receber através de micro-vibração sinais de telemóvel, MP3, entre outros..

Bártolo evidencia outro caso, chamado de “democratização e utilização indiscriminada” que é o uso de microchips por vaidade, como é o caso de chips incorporados no corpo que facilitam o pagamento em discotecas.
Kevin Warwick, quando teve o implante conseguiu: abrir a porta de casa apenas com a sua presença, o computador ligava automaticamente e as luzes de sua casa acendiam por onde ele passava.
O computador está-se a tornar transparente, possibilitando ser incorporado no homem. Se a outro nível, o computador já modificou o mundo, acredito ser possível ir mais além.
O homem vai passar a ser o suporte.
Nós humanos, vamos ser o médium, pois já estamos tecnologicamente afectados
e modificados.


Vídeo do protótipo final




O projecto deixou-se levar por ele próprio...
Contrariamente ao que tinha idealizado (libertação do gesto),
o projecto acentua o gesto contido - "gestos preso por amarras",
por outro lado, ele exalta algo mais excepcional - a expressão corporal,
quase como se de um esboço se tratasse.

O projecto é processo, por isso, o resultado é o que tinha de ser.


quinta-feira, 29 de maio de 2008

3ª DIMENSÃO - embodyment

3ª DIMENSÃO - fase ToBE

Como o próprio nome indica, com esta fase da 3ª dimensão pretendo perceber o próprio projecto em si. Depois de absorver muita informação nova e de ser obrigada a reflectir sobre o meu projecto, apercebi-me que o próprio nome 3ª dimensão, estava a condicionar a minha imaginação. A 3ª dimensão estava associada À 3ª dimensão do movimento (ideia original) e agora 3ª dimensão enveredou para a 3ª dimensão da incorporação de um corpo num espaço virtual. é uma 3ª dimensão simbólica, rica em imaterialidade e rica em virtualidade. O corpo tornar-se-á embodyment e por isso, centro o meu discurso aí.



terça-feira, 13 de maio de 2008

esquema de funcionamento da 3ª DIMENSÃO


3ª DIMENSÃO




ENSAIO - globalização, medium e transparência - a existência Humana posta em Causa

Universidade Católica Portuguesa
Centro Regional do Porto
Escola das Artes
Mestrado em Artes Digitais





Ensaio
Globalização, Medium e Transparência
- a existência Humana posta em causa



Disciplina: Seminário Interdisciplinar
Comunicação, Novos Media e Mass Média
Docente: Hélder Dias
Discente: Joana Campos Silva



Porto
2008



Não consigo separar globalização dos Novos Media e do paradigma da mediação transparente. Tudo se completa, tudo se transforma, tudo indica um novo rumo. No ensaio anterior afirmei que os medias estavam perdidos no mundo, por isso a tendência para a remediação. Por outro lado, o paradigma da transparência faz-me pensar que o Homem está a perder-se enquanto indivíduo, pois tudo indica que daqui a uns anos, o homem não saberá se é Homem ou máquina. Julgo ser importante pensar na integridade do Homem e rever a problemática da globalização.
No estudo sobre a mediação, veio-me ao pensamento a existência do Second Life. Para que existe, se é a representação daquilo que já somos e daquilo que temos?, Será o fascínio pela ficção?, Para quê viver num mundo ficcionado se temos o real, de um modo palpável? Existirá a necessidade de ficcionar o real, de um modo idílico? Para quê fingir aquilo que não sou, através de um avatar? Será que me estou a transformar naquilo que julgo ainda não ser, ou será que já sou?
Ao longo dos últimos anos, vários estudos e algumas obras de artistas (ex: coelho fluorescente) têm provado que o corpo é o interface mais promissor dos próximos tempos. O real e o corpo passarão a ser um corpo virtual-real. Deixaremos de ter ratos, webcams, teclados, desktop, pois a superfície do corpo humano será a tela de projecção. O homem tornar-se-á num homem máquina? O corpo deixará de ser carne e osso, e passará a ser um código binário complexo?
Preocupa-me pensar que talvez daqui a uns anos, muitos deixarão de perceber o que são e quem são; e ainda, mais preocupada fico, pensar que o homem interessa-se em transformar-se a si próprio, colocando em causa a própria existência humana. Será uma questão de querer provar a si mesmo que consegue ir mais além? É uma questão de fascínio? Eu questiono: “Onde estão os limites do corpo e da própria existência Humana?“
Estamos numa época de constantes mutações, o computador (inteligência artificial) exterioriza muitas capacidades Humanas, por isso: Como é que conseguimos perceber quem somos?.
Os media são aparentemente transparentes, logo têm uma componente de ficção, o que faz com que nos afastemos, cada vez mais do real. Não se trata de uma máquina de escrever, estudada por Kittler que é pouco ou nada mediada, trata-se de um media que pretende simular a totalidade da linguagem humana. Por outro lado, as artes digitais como têm processos mais complexos, faz com que a transparência ainda seja mais mediada, embora a representação do real pareça ser fidedigna (TV, cinema...).
O professor Hélder Dias realça a ideia de Norbert Wiener que fala de um “Homem que pré-existe”, surgindo a dúvida, se é possível o homem ser colocado ao mesmo nível da máquina.
Outro elemento fundamental, tentando aprofundar até onde vai o limite do homem, é a ideia de linguagem. A linguagem enquanto escrita e por sua vez enquanto registo e história. De modo a permitir ao homem situar-se no seu tempo e conhecer-se a si próprio.
A linguagem volta-nos a levar para o paradigma da mediação. A mediação por sua vez leva-nos para a o corpo, o corpo para a linguagem e a linguagem para o real.
A linguagem computorizada, como funciona binariamente através de 0 e 1, permite modificar uma imagem a partir do som ou vice-versa. Por isso, a partir do momento em que apareceu esta nova linguagem, fala-se de médium, em vez de novos média. Isto porque os média (imagem, som, texto) resultam da mesma linguagem (0 e 1). Ora, isto faz com que seja necessário uma adaptação constante a todas estas novas linguagens (remediação) .
Segundo Larriza Thurler , devido ao “rápido surgimento de uma grande quantidade de inovações tecnológicas num curto espaço de tempo”, os media tradicionais tiveram de se adaptar às novas linguagens existentes. “Assim, a remediação auxilia na familiarização de uma nova mídia recorrendo às linguagens já conhecidas…” Thurler fala da reorganização das estruturas.
Uma imagem pode ser convertida em 0 e 1, bem como um texto num filme. O mundo está a tornar-se numa grelha binária, refeita matematicamente. Por isso, inicialmente falava do homem-máquina, o chamado “pós-humano” evidenciado por Kittler. Segundo o professor Hélder Dias, “Se a tecnologia toma lugar do pensamento na constituição real e corpo/humano, é porque existem dispositivos para a reconstrução… Entrada do Humano para a produtividade, variabilidade…” Os medias confundem-se entre si. Parece que a mediação são remediações. Os meios confundem-se em si mesmos, por isso se tornam num só. Por outro lado, existe um paradoxo, que é o facto dos medias determinarem a nossa situação e nós criarmos a situação dos media. Ou seja, existe uma ligação infinita entre estes dois pólos, porque se auto-alimentam, mas também se auto-destroem. Deixamos de perceber quem é quem. Julgo ser possível afirmar que media e homem é o mesmo, pois o homem faz os media, e os media fazem o homem. Muitos falam dos media como paisagem natural. Paisagem essa, da qual o homem é a personagem principal.
Julgo ser importante salientar, ainda com base na ideia inicial – Second Life, a perspéctiva de Jean Baudrillard que acredita que tudo o que existe no mundo é simulado. “...simular não é fingir”, pois “a simulação põe em causa a diferença do “verdadeiro” e “falso”, do “real” e do “Imaginário”.” Ora, simular para Baudrillard é assumir todas as características do objecto a ser simulado.
Ora o Second Life faz simulação do real. Pois o homem em primeira instância usa os media tecnológicos para se simular a si próprio, provavelmente para um melhor conhecimento de si mesmo, aprofundando os conhecimentos tecnológicos.
Vejo, aqui a simulação como um realce e recalcamento da ideia de existência. O homem continua a tentar superar-se a si mesmo, testando os seus limites ao máximo. Por outro lado, vejo um mundo medonho. Temendo que o homem construa a destruição do seu próprio ser. Julgo ser importante conhecermo-nos mais aprofundadamente, mas questiono até que ponto esse profundidade é necessária. Julgo estarmo-nos aproximar de uma catástrofe, uma vez que prevejo que o homem vai deixar de se conhecer, pois inevitavelmente os números habitam em nós, e muitos ainda não se aperceberam disso. Acho fascinante, mas também medonho a ideia de passarmos para o lado de lá. Gostaria que as gerações seguintes sejam orgânicas e não mecânicas! É necessário repensar os limites do homem e a existência Humana, julgando ser importante termos consciência destas problemáticas, tendo em conta a distinção do mundo real e virtual.

ENSAIO - globalização, os média perdidos no mundo

Universidade Católica Portuguesa
Centro Regional do Porto
Escola das Artes
Mestrado em Artes Digitais



Ensaio
Globalização, os média perdidos no mundo



Disciplina: Seminário Interdisciplinar
Comunicação, Novos Media e Mass Média
Docente: Yolanda Espinã
Discente: Joana Campos Silva



Porto
2008




Após compreender a origem da globalização, fico a pensar que a sua origem não é disparatada, muito pelo contrário.
A economia está a dominar o mundo e como o mundo somos nós, nós estamo-nos a dominar a nós mesmos.
A ideia de globalização oferece-nos “possibilidades tecnológicas” e são estas que nos afectam na maior parte das vezes. A ideia de tecnologia, sempre nos remeteu para o futuro e a ideia de futuro é sempre positiva, pois muitos associam futuro a algo evolutivo e promissor.
Não quero desiludir ninguém, mas o nosso mundo conforme se apresenta não está a evoluir positivamente mas sim negativamente. O mundo está em constante mudança e nós tentamos adaptarmo-nos, mas é difícil gerir a rapidez. Este lado negro que apresento, deve-se à globalização, pois ela fez com que se tornasse irreversível esta decisão. Já provocou muitos males que dificilmente poderão ser libertados da sociedade actual. Não existe apenas uma globalização, mas sim várias, pois ela afecta diversas áreas. É vista como um processo, devido ao seu carácter de mutação.
Como todos nós sabemos, a globalização trouxe desigualdade social e económica e por isso um dos casos que mais me afecta actualmente é a discrepância social. Devido à valorização do euro o custo de vida subiu, embora os ordenados tenham ficado estagnados. Este fenómeno faz com que muitas famílias fiquem desorientadas economicamente e recorram aos chamados "créditos fáceis". Estes aparecem de um modo chamativo e muito positivo, porém, para pagar as despesas contraímos um crédito, que quando não chega, obriga-nos a pedir outros créditos e assim se forma uma bola de neve. Estes são fáceis, rápidos e tudo isto à velocidade de um telefonema; que quando não é feito por nós, a chamada vem ter connosco. Ora, aqui surge outro problema, pois a competição das grandes empresas torna-se cada vez mais feroz. Quase todos os dias o telefone toca e se eu aceitasse tudo o que me impingem, o ordenado dos próximos 10 anos serviriam para pagar dívidas.
A globalização aproxima-nos ou afasta-nos?
O telefone hoje em dia quando toca, incomoda-me. Já não o atendo com o mesmo entusiasmo que o fazia à uns anos. Acontece que a ideia de privado saiu de desuso. Os média invadem-nos a casa de um modo perverso e se o fizessem de um modo positivo eu não me importaria, mas todos os dias, para além dos telefonemas, tenho de me sujeitar a longas horas de suposta informação importante no telejornal, no qual me apresenta mais de meia hora de futebol. Os jogadores e treinadores, todos os dias dizem a mesma coisa, o discurso não muda! Para além do mesmo género passar por todos os canais nacionais, ainda temos de suportar longos minutos de temas vazios. Falam sobre famosos que são famosos por serem famosos - Bastante despojado, não? Ora, todas estas situações e muitas mais, fazem-me pensar que vivemos numa sociedade vazia e numa globalização que deixou de saber o que é importante.
Acontece também que a explosão da informação afectou bastante o nosso modo de selecção, pois a informação é tanta que quem acaba por ter de seleccionar, não são os jornalistas, mas sim o espectador.
A globalização transformou-nos em seres individualistas, mas até que ponto é que isso é bom? Que me importa ter o Messenger instalado no computador se ele me afasta das pessoas? Será que queremos distância ou proximidade?
Cada vez mais procuramos um meio de comunicação, pois somos seres naturalmente sociais, mas esses meios não nos aproximam, muito pelo contrário, afastam-nos do mundo.
Antigamente o nosso leque de amizades era extenso, pois quando conhecíamos alguém, passávamos a conhecer o pai, a mãe, a irmã, o irmão, a tia, o tio... a proximidade que tínhamos com as pessoas era diferente. Ao ligar para casa dessa pessoa, obrigava-nos a conhecer e a falar com a família. Hoje em dia isso já não acontece. Com o aparecimento do telemóvel, nós comunicamos com essa pessoa e é só com ela que estabelecemos diálogo.
O aparecimento da maior parte dos instrumentos tecnológicos, a meu ver, em vez de nos aproximar, afasta-nos do mundo real. Cada vez mais, estamos entranhados num mundo virtual. A existência do Second Life não aconteceu por acaso, pois existe a necessidade de nos representarmos virtualmente, pois fisicamente, cada vez mais se torna impossível.
A globalização está a transformar-nos num ser que se alimenta de si mesmo e que espelha a realidade que quer de si. Até aí, estamos a ser quem queremos ser e não quem somos na realidade. A globalização, transforma as relações sociais, e elas moldam à sociedade e ao mundo. Vivemos uma sociedade fantasiada por ela mesmo. Acredito que estamos em constante “aparente” socialização. Na verdade, julgo que estamos a viver a Era da experiência, mais do que a Era da comunicação. Comunicar embora seja uma necessidade, está actualmente a ser um pretexto, para usarmos as novas tecnologias. A televisão, as revistas e todos os meios de comunicação, são o espelho da sociedade actual.
A televisão é um meio, ainda muito respeitado pelas pessoas, embora na maior parte das vezes não merecesse. Pois ela é manipuladora e centra-se numa visão capitalista e não socialista e democratica. A programação televisiva espelha a sociedade actual e é devastador ver o oco televisivo.
Numa era tão complicada, em que há guerra por quase todo o mundo, as pessoas deveriam importar-se com o bem e em fazer o bem, mas o que vemos é o oposto. Há programas que se focam na vida das pessoas ditas “famosas”, mas que são banais, que em nada poderão contribuir para um mundo melhor. A rapidez dos mass media, faz com que as coisas mais insignificantes para o mundo actual, sejam notícias mundiais – com frases apelativas do género: “Paris Hilton deserdada!”. - Quem é Paris Hilton? Que faz ela de tão importante, para preencher 15 minutos de ecrã a nível mundial? Acredito que a globalização, mesmo com a comunicação à distância, encurtando tempo e caminho, faz nos perder tempo com inutilidades. Espelhando também que a rapidez dos avanços tecnológicos, tem provado que o seu uso é mal feito, pois estamos em constante adaptação. Necessitamos de compreender qual as coisas do mundo, importantes de serem focadas, pois a globalização faz com que os média se percam no mundo actual – eles deixaram de perceber o que é realmente importante!